Não sei muito acerca das previsões da astrologia chinesa para este ano...
Nunca fui grande entendida ou interessada.
Quem disto sabe bastante, avisou-me que para os Coelhos (eu e mais uma data deles) e os Cavalos o ano seria muito mau.
Mas quando olho para o que resta do que foi o Império do Meio só me vem à cabeça que nem de encomenda... Pobre povo! Que ano! Que começo de novo ciclo. O Rato passou-se, ou está a punir muitos pelos erros de muito poucos o que é uma injustiça; mas a justiça nunca foi coisa que por este mundo muito se visse, não é?
Este comentário, faço-o a propósito do post de João Severino que podem ler no blog Corta-Fitas: http://corta-fitas.blogs.sapo.pt/2085300.html#comentarios (se o link não funcionar façam copy/paste). Vale a pena!
Aí conclui-se que muita da culpa não é do Rato.
Apenas de algumas ratazanas que tomaram e continuam agarradas ao poder, em nome do povo, que continua desgraçado e miserável.
Em Burma os mortos rondam os 140 mil.
Fora os desaparecidos.
Se os bandalhos, que se governam, não forem controlados, muitos dos vivos engrossarão esta horrenda contabilidade.
Felizmente o Secretário-Geral da ONU não está esquecido deles, ao invés do que parece ter sucedido a grande parte do resto do mundo.
Ainda bem que, desta vez, a máquina noticiosa chinesa está a funcionar na perfeição porque também estão a braços com a ressaca de outra tragédia.
Mas isso está a abafar o "trabalho" do Nargis.
E a ajudar os generais a conseguirem "levar a água ao seu moínho". O preço, esse, será desgraçadamente trágico.
Em ano de sequelas de La Niña os dramas naturais vão-se sucedendo um pouco por todo o mundo...
Infelizmente, na contabilidade internacional, a Birmânia é um zero à esquerda: a sua posição geográfica não é relevante em termos estratégicos; não tem petróleo, ouro ou diamantes...
Tem, sim, o Povo mais simpático e genuíno que conheci em 22 anos de viagens pelo Oriente. Que se aproxima dos turistas pela curiosidade de conhecer o Outro e não para pedir dinheiro a troco de fotografias ou de nada.
Um Povo de sorriso doce, que vive oprimido e que disso fala entre murmúrios.
Governado por uma corja que os ludibria e finge que é da sua autoria a ajuda que do exterior está a chegar; que após a tragédia primeiro mandou limpar as ruas das casas onde vivem os todo-poderosos generais.
Porque é que a Natureza foi tão madrasta e não "varreu" precisamente essas ruas, limpando-o de vez de tamanha maldição?
Agora, por causa do terramoto em Sichuan, a Birmânia parece ter sido votada ao esquecimento o que é ideal para as bestas (sem ofensa para os animais habitualmente designados como tal) que não queriam a ajuda humanitária dentro das suas fronteiras.
Pelo menos os chineses, apesar de continuarem histericamente a atear "fogueiras" de ódio contra os japoneses com museus da guerra de resistência nos arredores de Pequim, aceitaram toda a ajuda internacional, inclusivé a que será enviada pelo Japão.
Finalmente algum bom senso!
Já que ele carece totalmente ao regime birmanês espero que o drama que os birmaneses estão a viver não seja esquecido.
Em termos humanitários as consequências do Nargis podem ser muito mais devastadoras do que as do terramoto!
Ajudem a Birmânia!